São Paulo, sábado, 3 de dezembro de 1994
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Substituição do IPMF em 95 está "fora de cogitação", diz Fritsch

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

Winston Fritsch, secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, disse que o IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras) "acaba mesmo" no próximo dia 31 de dezembro.
Ele afirmou que tanto a prorrogação do IPMF quanto a criação de um novo imposto para substituí-lo estão "fora de cogitação".
"Não há tempo para criar imposto novo porque precisaria de uma lei complementar ou renovar o IPMF por emenda da Constituição", disse no seminário "O que esperar de 1995", realizado ontem, em São Paulo.
Fritsch disse que a perda da receita do IPMF será parcialmente compensada pela "enorme recuperação" na arrecadação da Cofins.
O secretário de política econômica da Fazenda disse que a desindexação da economia brasileira não vai ser feita de "uma tacada só" no dia 1º de janeiro. Ele afirmou, porém, que a desindexação por etapas ocupa "uma alta prioridade" na agenda do governo FHC.
Fritsch classificou de "razoável" a crítica da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), segundo a qual a isenção de impostos das importações pelos Correios é uma concorrência desleal aos produtos brasileiros.
Ele disse, porém, que com a consolidação do real, a política de importação vai tender, junto com a política fiscal e menos impostos indiretos, a uma neutralidade do sistema tributário entre produtores internos e externos.

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