São Paulo, sábado, 3 de dezembro de 1994
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Itaú foi maior doador de Tuma

CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Itaú foi o maior financiador da campanha de Romeu Tuma (PL) ao Senado, com uma doação de R$ 290 mil.
Tuma, eleito por São Paulo, declarou ter gasto R$ 1.834.078,97. Deste total, R$ 474 mil (cerca de 26%) vieram do setor financeiro.
As maiores doações foram feitas pelo Bradesco, Banco Mercantil de Descontos, BCN Factoring, Noroeste e Banco Pontual.
Tuma e José Serra, eleito pelo PSDB, fizeram as campanhas mais caras para o Senado no Estado. O tucano declarou gastos um pouco superiores ao de Tuma: R$ 1.894.131,49.
As despesas das duas campanhas superam os valores declarados pelos candidatos a governador José Dirceu (PT) e Luiz Antônio de Medeiros (PP). Dirceu diz ter gasto R$ 1,3 milhão e, Medeiros, R$ 398 mil.
A relação de doadores de Serra ainda não foi divulgada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Fabricantes de papel também contribuíram para a campanha de Tuma. A segunda maior doação recebida pelo candidato –R$ 122,2 mil– veio da Companhia Suzano de Papel e Celulose.
A Klabin Fabricante de Papel e Celulose destinou R$ 68,1 mil à campanha. A terceira maior doação, de R$ 118 mil, foi feita pela Sinal Distribuidora de Veículos.
Os deputados federais eleitos Luiz Carlos Santos e José Aristodemo Pinotti estão entre os que fizeram as campanhas mais caras do PMDB. Os dois se aproximaram do limite máximo de R$ 500 mil fixado pelo partido.
Quase metade da campanha de Pinotti (47,4%) foi financiada pela Andrade Gutierrez, que fez uma doação de R$ 211 mil. Outra empreiteira, a CBPO, destinou R$ 45 mil à campanha.
Santos recebeu sua maior doação (R$ 98,9 mil) da construtora Cavo, do grupo Camargo Corrêa. Em segundo lugar aparece a Enger Engenharia, com R$ 53,1 mil, seguida da Andrade Gutierrez (R$ 45 mil).

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