São Paulo, segunda-feira, 5 de dezembro de 1994
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Llosa come feijoada e vai ao Morumbi

LUIZ ANTONIO RYFF; ELVIS CESAR BONASSA
DA REPORTAGEM LOCAL E DO ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

O escritor peruano Mario Vargas Llosa teve ontem uma tarde tipicamente brasileira: comeu uma feijoada no almoço e foi depois ao Morumbi assistir Corinthians e Bragantino, pelas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro.
Tanto a feijoada quanto o futebol foram pedidos do próprio escritor. Ele se declarou fã do atacante Romário –"fiquei completamente encantado com ele na Copa do Mundo"– e revelou já ter sido jogador.
"Eu jogava no meio de campo, tinha muito entusiasmo, mas era ruim demais" disse Llosa. Uma frase comparável à sua autodefinição de "mau político", após a derrota nas eleições presidenciais do Peru.
"Como Fernando Henrique Cardoso, sou um intelectual que entrou na política, mas com uma diferença: ele ganhou, eu perdi. Eu sou um mau político", disse Llosa anteontem, em Curitiba.
A feijoada, o escritor já conhecia. Tinha comido nas outras vezes em que esteve no país. Para sua mulher, Patrícia, o prato foi uma novidade.
Llosa chegou a São Paulo às 13h05 –ele estava, desde sexta-feira, em Curitiba, onde deu uma palestra a convite do Instituto Liberal do Paraná.
Ontem à noite, Llosa iria se encontrar com FHC, durante jantar na casa do editor Luiz Schwarcz. O jantar estava programado para trinta convidados, entre eles o escritor Jorge Amado.
Llosa veio ao Brasil a convite da Folha, Diner's Club e Companhia das Letras, para lançar o livro "Peixe na Água", que narra suas experiências durante a campanha presidencial no Peru. (Luiz Antonio Ryff e Elvis Cesar Bonassa)

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