São Paulo, segunda-feira, 5 de dezembro de 1994
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Prefeitura espera 4.050 novas vagas até 96

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo abre nesta quarta-feira concorrência para a construção de oito garagens subterrâneas na cidade.
Estão previstos estacionamentos subterrâneos nas praças da República, Ramos de Azevedo e Dom José Gaspar (no centro), Buenos Aires (Higienópolis) e Coronel Pires de Andrade (Jardim Paulistano), nas avenidas Cásper Líbero (centro) e Enéas Carvalho de Aguiar (Pinheiros), e no parque Trianon (Jardins).
Ao todo, deverão ser oferecidas 4.050 vagas para carros. Hoje, São Paulo tem 33.144 vagas em estacionamentos particulares e cerca de 24 mil lugares disponíveis no sistema de Zona Azul.
Orçadas cada uma em até R$ 12 milhões, as garagens serão pagas pelas construtoras. Em troca, as empresas poderão explorá-las por um período de 30 anos, cobrando dos usuários "preços de mercado".
Segundo a prefeitura paulistana, as obras não vão destruir as praças. As escavações atingirão as ruas que as circundam. As áreas arborizadas deverão ser preservadas.
Amanhã, o prefeito Paulo Maluf assina decreto que delimita as áreas das garagens subterrâneas e fixa as regras de cobrança pelo uso.
O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Walter Coronado Antunes, prevê o início das obras para maio do ano que vem. Se o cronograma for cumprido, as garagens ficarão prontas no final de 1996.
Trânsito prejudicado
Durante as obras, as ruas próximas às garagens serão parcialmente interditadas, o que irá prejudicar o trânsito.
A prefeitura ainda não possui projetos detalhados de cada uma das oito garagens subterrâneas. Todos os estudos e projetos serão feitos pelas empresas interessadas nas obras.
As empresas serão escolhidas de acordo com o projeto apresentado. Terão preferência os projetos que causarem menor impacto no trânsito e aqueles que apresentarem melhor recomposição das áreas atingidas.
As empresas serão escolhidas também pelo critério de preço. Ganharão as que propuserem o pagamento de aluguel –pela exploração das garagens– mais vantajoso à prefeitura.
As exploradoras das garagens subterrâneas ficarão isentas do pagamento de ISS (Imposto sobre Serviços), que corresponde a 5% do faturamento.
O projeto de construir garagens subterrâneas tomou impulso durante a administração Jânio Quadros.
Na gestão Luiza Erundina, o projeto não se desenvolveu porque não condizia com o objetivo da administração de priorizar o transporte coletivo em detrimento do individual.

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