São Paulo, segunda-feira, 5 de dezembro de 1994 |
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Diferenças ;Semelhanças
MARCELO DAMATO; ARNALDO RIBEIRO
MARCELO DAMATO e ARNALDO RIBEIRO Os dois times de melhor campanha no Campeonato Brasileiro disputam nesta semana uma das vagas na decisão do torneio. O Guarani, que acumulou 41 pontos ganhos nas três primeiras fases, tem a vantagem de jogar por dois resultados iguais e de fazer o segundo jogo em casa contra o Palmeiras, que conquistou um ponto a menos. Independente dos resultados da outra semifinal, o vencedor do "duelo de alviverdes" terá a vantagem do empate nas finais, que serão disputadas nos dias 14 e 18. "Este confronto pode ser considerado a decisão antecipada do campeonato. São as duas melhores equipes do Brasil no momento", disse o zagueiro palmeirense, Antônio Carlos. Para o primeiro jogo, o Palmeiras deve ter sua força máxima disponível. O Guarani não terá o lateral-direito Marcinho, suspenso. O volante Fernando e o atacante Amoroso, machucados, são dúvidas. Diferenças Se têm em comum as boas campanhas, Palmeiras e Guarani são equipes diferentes no elenco e no estilo de jogo. O atual campeão brasileiro, dirigido por Wanderley Luxemburgo, tem um titular da seleção brasileira nos EUA –Zinho–, mais quatro que tiveram chance de ir à Copa – Antônio Carlos, César Sampaio, Rivaldo e Evair. O Guarani é, diferentemente, um time jovem. Seu principal jogador, o atacante Amoroso, tem 20 anos. O seu companheiro de ataque, Luizão, é ainda mais jovem: 19 anos. No início da temporada, foi campeão da Copa São Paulo de Juniores. O Palmeiras é um time que atua trocando passes, em busca de maiores espaços para finalizar. A equipe tem a menor taxa de passes errados de todos os 32 times do Brasileiro, 18%. É também uma das que mais detêm a bola: 28 minutos e 40 segundos. Seu grande destaque é o meia Zinho, com uma média de 49 passes certos por partida. O Guarani, por ter atacantes jovens, adota um estilo mais veloz. "Nosso time sempre tem mais gás no fins dos jogos", diz o zagueiro Jorge Luís. Por isso, erra mais passes (23% do total) e domina a bola por menos tempo –23 minutos e 40 segundos por partida. Semelhanças Apesar dos estilos diferentes, os resultados têm sido parecidos. Há equilíbrio no aproveitamento das 27 partidas que cada time já disputou –o Guarani conquistou 76% dos pontos que disputou e o Palmeiras, 74%. Nas assistências e finalizações por partida, os números também se equivalem. Palmeiras e Guarani finalizam 16 vezes por jogo –sete certas e nove erradas– e dão seis assistências. O jogador que mais finaliza no Palmeiras é Edmundo –duas vezes. O atacante está fora do campeonato, suspenso pelo Tribunal Especial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Seu substituto, Alex Alves, com estiramento na coxa, só deve voltar a treinar na quinta-feira. "É hora de dar força aos que podem jogar, no caso o Maurílio e o Paulo Isidoro. O Palmeiras nunca dependeu só do Edmundo", disse o técnico Wanderley Luxemburgo. O Guarani corre o risco de sofrer um desfalque da mesma importância de Edmundo. Amoroso, artilheiro do Brasileiro com 19 gols, também finaliza duas vezes por partida, mas não deve se recuperar a tempo de uma entorse no joelho esquerdo para a primeira partida contra o Palmeiras. "Ele é o responsável pela ligação do meio-campo com o ataque", lamentou o técnico Carlos Alberto Silva. "Se não der na quarta, jogo no sábado", rebateu Amoroso após o jogo contra o São Paulo, amparado por muletas. O equilíbrio entre os dois times permanece nos desarmes e no número de faltas. O Guarani tem 97 desarmes completos por jogo e o Palmeiras, 102. O time de Campinas comete um pouco mais de faltas: 24 contra 20. No ataque, o Guarani, apesar dos 19 gols marcados por Amoroso, leva desvantagem. Marcou 43 gols, contra 46 do seu adversário. O time de Campinas tem melhor defesa. Sofreu 21 gols em 27 partidas, contra 23 do adversário. Texto Anterior: Suspenso, Viola desfalca a equipe Próximo Texto: Vitória premia sofrimento, diz Silva Índice |
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