São Paulo, segunda-feira, 5 de dezembro de 1994
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Conferência atuou mais após fim da Guerra Fria

DA "REUTER"

A Conferência para Cooperação e Segurança na Europa (CSCE) foi criada em 1975, tendo como objetivo estabelecer o diálogo Leste-Oeste.
Inicialmente, era composta por 35 membros, incluindo países europeus, EUA e Canadá. Com o fim da União Soviética, no fim dos anos 80, e seu desmembramento em diversas repúblicas independentes, esse número se elevou a 53.
Em 1975, a reunião da CSCE em Helsinque (Finlândia) concluiu com um acordo de garantia de direitos humanos e de que os limites territoriais europeus não poderiam ser alterados pelo uso da força.
Na prática, o documento final do encontro significava, de uma lado, a aceitação, pelo bloco soviético, das exigências ocidentais de respeito aos direitos humanos.
Por outro lado, as potências ocidentais reconheciam as novas fronteiras estabelecidas pelos países comunistas depois da Segunda Guerra Mundial.
Apesar do significado diplomático do encontro de Helsinque, as resoluções da CSCE tiveram pouco significado prático até a queda do muro de Berlim, em 1989.
Em 1990, a conferência realizada em Paris terminou com uma declaração formal –a Carta para uma Nova Europa– de que, com a nova divisão do continente, a CSCE poderia assumir seu papel de mediação política.
A partir desse encontro, a CSCE estabeleceu pela primeira vez uma estrutura, com representações em Viena (Áustria) e Praga (República Tcheca).
Em 1992, uma nova conferência em Helsinque decidiu que a CSCE iria participar, juntamente com a Organização das Nações Unidas (ONU), do envio de forças internacionais de paz a regiões em conflito –como as ex-repúblicas soviéticas da Geórgia, Tadjiquistão, Ucrânia e Moldova, entre ourtras.

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