São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994
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Decisão deve ficar para sexta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o ex-presidente Fernando Collor, que começa a ser julgado às 9h de amanhã, deverá ficar para sexta-feira.
Segundo previsão do presidente do STF, Octávio Gallotti, o primeiro dia será ocupado pelo relator, ministro Ilmar Galvão, pelo procurador-geral da República, Aristides Junqueira, e pelos advogados dos nove réus do processo.
Como quinta-feira é feriado na Justiça, o julgamento será retomado na sexta. Se for necessário mais um dia, continuará na segunda.
O julgamento será em três blocos. No primeiro estão os réus Fernando Collor, Paulo César Farias e Cláudio Vieira, acusados de corrupção passiva.
O segundo grupo reúne PC Farias, Cláudio Vieira e Roberto Carlos Maciel, acusados de corrupção e coação de testemunhas e supressão de documentos.
No terceiro bloco estão os réus acusados de falsidade ideológica: PC Farias, Jorge Bandeira, Marta Vasconcelos, Rosinete Melanias, Severino Nunes e Giovani Melo.
Para cada bloco, a defesa terá duas horas de sustentação oral. Os advogados queriam poder falar imediatamente antes dos votos dos ministros em cada bloco.
"Não tem sentido fazer a defesa oral e os ministros votarem dois dias depois", disse D'Alembert Jaccoud, que defende PC Farias e Jorge Bandeira.
Gallotti, porém, manteve a decisão de concentrar toda a defesa na tarde de amanhã. Com isso, dificilmente haverá tempo para o início da coleta dos votos.
Contra as seis horas dos advogados, o procurador-geral da República deverá ter apenas uma hora, na manhã do primeiro dia, para fazer a acusação oral contra todos os réus.
Por decisão do STF, não haverá transmissão ao vivo pela TV. Os cinegrafistas terão apenas três minutos para registrar imagens da sessão.
O primeiro ministro a dar seu voto será o relator. Na sequência virão Moreira Alves, revisor do processo, Carlos Velloso, Celso de Mello, Sepúlveda Pertence, Sydney Sanches, Néri da Silveira e Gallotti.

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