São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994 |
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Bloco de comércio na AL divide executivos
ANTONIO CARLOS SEIDL
Este é um dos principais resultados de uma pesquisa internacional da consultoria Arthur Andersen sobre comércio nas Américas. Para executivos dos EUA, Canadá, México e Brasil, é "muito provável" a criação próxima de um mercado comum americano. A iniciativa, porém, é considerada "pouco provável" pelas grandes empresas da Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela. A formação do Afta (American Free Trade Agreement), acordo de livre comércio no continente americano, é um dos temas centrais da "Cúpula das Américas". O encontro reunirá presidentes de 34 países do continente americano. Ocorre da próxima sexta-feira a domingo em Miami (EUA). A pesquisa foi entregue ontem ao presidente dos EUA, Bill Clinton, como subsídio para a reunião. A consultoria ouviu 280 altos executivos (35 em cada país) de empresas que atuam em comércio internacional no Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Venezuela, Canadá, México e EUA. Os entrevistados dos países que ocupam atualmente uma posição destacada no comércio internacional foram favoráveis à criação do mercado comum americano. A idéia é "muito provável" para 54% dos executivos norte-americanos; 72% dos canadenses; 80% dos mexicanos e 69% dos brasileiros. É "pouco provável" para 74% dos chilenos, 71% dos argentinos, 60% dos colombianos e 54% dos venezuelanos. Celso Giacometti, presidente da Arthur Andersen, disse que "não surpreende" a adesão dos EUA, Canadá, México e Brasil ao bloco único de comércio nas Américas. "Esses países vêem mais oportunidades do que riscos no livre comércio. A pesquisa mostra os primeiros sinais de adesão ao Afta, mas não se pode concluir que é unânime." O Brasil é o país que oferece maiores oportunidades de negócios nas Américas, segundo os executivos dos EUA, Canadá e México. Depois dos países do Nafta (EUA, Canadá e México), o Brasil é o preferido para 40% das empresas dos EUA; 37% das canadenses e 26% das mexicanas. Para os brasileiros, as maiores oportunidades de comércio nas Américas estão nos EUA (77%), Argentina (74%) e México (57%). Texto Anterior: Faturamento da Fiat cresce 87% e chega a US$ 5,3 bi Próximo Texto: Equipe estuda o uso de título para pagar tributo Índice |
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