São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Brasileiros de dizem prontos para o maior rali do mundo
DA REPORTAGEM LOCAL O rali Paris-Dacar inicia a sua 17ª disputa no primeiro dia de 1995. A largada da competição deixa pela primeira vez de ser em Paris, capital francesa. Carros e motos partem de Granada, no sul da Espanha.Os organizadores da prova justificaram a mudança pelo sucesso que o rali faz na cidade espanhola. Os motociclistas brasileiros André Azevedo, 35, e Klever Kolberg, 32, participam da prova pela oitava vez. Azevedo, em 91, e Kolberg, em 93, venceram na categoria maratona (motos de série). Ontem, em São Paulo, a dupla promoveu entrevista coletiva e falou da prova. "Espero fazer uma boa competição porque, este ano, com apoio, fiquei tranquilo para me dedicar aos treinamentos. Além disso, vamos com motos mais leves e um pouco mais potentes", afirmou Kolberg. A competição terá 10.300 quilômetros e deve terminar na capital do Senegal no dia 15 de janeiro. "São 6.700 quilômetros (o restante do percurso é formado por etapas de ligação) de prova de velocidade, que contam ponto mesmo. Esse é o desafio. Ano passado, foram apenas 4.500 quilômetros", declarou Azevedo, que viaja sábado para a Europa. Kolberg segue apenas no sábado seguinte. As modificações estão ficando frequentes no itinerário do rali. A prova do ano passado aconteceu com o trajeto Paris-Dacar-Paris. No ano anterior, o rali atravessou toda a África terminando na Cidade do Cabo, na África do Sul. O rali tem várias categorias entre motos e carros. A competição de carros é a mais importante e vem tendo predomínio dos veículos Mitsubishi nos últimos anos. A prova teve seu grande boom na segunda metade da década passada. A edição de 1985 teve 657 inscritos e a 1988, a de maior número, teve 670 pilotos. Nos anos 90, os competidores começaram a se inscrever em menor número. Em 1993, apenas 143 se aventuraram pelas areias do Saara. A primeira largada do Paris-Dacar aconteceu na Esplanada do Trocadeiro, em Paris, em 26 de dezembro de 1978. Sua fama foi conquistada com a participação de pilotos famosos e personalidades, mas também surgiu o estigma de "rali da morte". Inúmeros acidentes fatais aconteceram, com vítimas entre pilotos, motociclistas, jornalistas, membros das equipes e população dos países do norte africano. O refluxo de inscrições pode ser creditado ao excesso de perigo e a instabilidade política nos países da África, outro risco aos corredores. Texto Anterior: Hora da leitura Próximo Texto: Satélite será usado para ajudar pilotos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |