São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994
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Carcereiro é condenado a 45 anos de prisão

DA REPORTAGEM LOCAL

O 1º Tribunal do Júri condenou por seis votos a um o carcereiro José Ribeiro a 45 anos de prisão sob a acusação de ele ter matado 18 e tentado matar 32 presos em uma cela-forte do 42º DP, no Parque São Lucas (zona leste).
O juiz Jair Martins concedeu ao réu o direito de apelar em liberdade da sentença. É a segunda vez que Ribeiro é condenado. Em novembro de 93, Ribeiro havia sido condenado à mesma pena, mas o Tribunal de Justiça decidiu que ele tinha direito a novo julgamento.
A chacina do 42º DP aconteceu em 5 de fevereiro de 89. Após uma tentativa de fuga, os presos se rebelaram. Como castigo, os policiais teriam colocado 50 detentos em uma cela de 4,5 m2 sem ventilação. Quando a cela foi aberta, após cerca de três horas, 18 presos estavam mortos por asfixia.
O julgamento começou na segunda-feira e terminou anteontem, às 23h45. O advogado do carcereiro, Oswaldo Ianni, defendeu a tese de que seu cliente não tinha intenção de matar os presos.
O promotor Antônio Carlos Da Ponte, 30, disse que irá recorrer da sentença a fim de que o Tribunal de Justiça aumente a condenação de 45 para 90 anos de prisão. Além de condenar o carcereiro, os sete jurados também decidiram por maioria de votos que os presos foram mortos com crueldade.

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