São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994
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Casa de Stevenson atrai em Vailima

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL A SAMOA, HAVAÍ E ESCÓCIA

Duzentas libras esterlinas foi quanto Stevenson pagou pelo terreno de 1.250 km2 em Vailima, na ilha de Upolu, Samoa Ocidental.
Corria o ano de 1890 e o escritor decidiu se estabelecer em Vailima já doente e cansado.
Lá construiu com madeira "redwood" da Califórnia a casa mais imponente do arquipélago.
Duas cachoeiras, piscina natural e o monte Vaea (460 m) completam a propriedade.
No dia 5 de dezembro de 1893 ele descreveu sua saúde como "amplamente restaurada". Numa de suas cartas ele conta que vivia patriarcalmente como " chefe e pai" de cinco brancos e 12 samoanos:
"E tenho todo o tempo do mundo (...) para o trabalho literário. Minha casa é um lugar incrível."
Um ano depois Stevenson estava sepultado no alto do monte.
Quando sua morte foi anunciada, a 3 de dezembro de 1894, nativos começaram a cantar. De noite, facões ecoaram cortando madeira e abrindo caminho até o topo.
Sua viúva Fanny vendeu a casa ao comerciante russo-alemão Gustav Kunst, em 1896. O imóvel pertenceu ainda aos governos da Nova Zelândia e de Samoa Ocidental.
Castigada por ciclones em 1990 e 1991, a casa está sendo restaurada por missionários norte-americanos a um custo de US$ 5 milhões.
Um banho na piscina natural pode ser a última etapa do passeio e recompensa para a caminhada de uma hora até o topo. Mesmo com sol, as pedras do caminho rolam e têm musgo. Convém fazer a escalada antes do entardecer. (SC)

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