São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994
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Projeto faz violência diminuir

JOEL SAMPAIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A estatística da Polícia Militar nos cinco últimos anos indica estabilização no quadro de crimes violentos em Curitiba.
Em comparação com o ano passado, os números até o final de novembro indicam diminuição dos roubos com arma (1.495 casos contra 1.857 de 93) e dos casos de lesão corporal (8.293 até novembro contra 11.293 em 93).
Foram registrados 77 casos de estupro em 11 meses deste ano, 11 casos a mais do que no ano passado. As ocorrências de homicídio caíram de 86 (no ano passado) para 61 (nos últimos 11 meses).
A redução da criminalidade na cidade nos últimos 11 meses é atribuída à PM, que reforçou há um ano a presença de policiais nas ruas com a entrada em funcionamento do Projeto Povo (Policiamento Ostensivo Volante).
O projeto tem hoje em funcionamento 48 carros com equipes fixas de policiais. Cada equipe atende a um bairro e conta com um telefone celular, cujo número é divulgado entre os moradores.
A idéia de agilizar os atendimentos e tornar os PMs conhecidos da população de cada bairro é apontada pelo comandante da PM na Capital, coronel Sérgio Malucelli, como um reforço fundamental contra a criminalidade.
"O projeto Povo tem um papel importante, porque, além de dar mais rapidez ao atendimento, tende a inibir a criminalidade."
Este reforço da PM provocou a redução dos crimes violentos na favela do Parolin. Segundo dados do 13º Batalhão da PM, a região do Parolin registrou apenas 2,66% das ocorrências contra as 6,76% no ano passado. Em 93, o bairro era considerado o mais violento pela PM entre os 27 bairros que são atendidos pelo projeto.
Apesar de reduzir o índice de crimes na cidade, o projeto enfrenta limitações no combate às áreas do crime organizado como o tráfico de drogas.(Joel Sampaio)

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