São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994
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Fabricante de waffer nega contaminação

DA REPORTAGEM LOCAL

A Flarom Nahrungsmittel, empresa alemã fabricante do waffer diet Flarom sabor limão com frutos, está estudando medidas legais para tomar contra a Secretaria Municipal do Abastecimento de São Paulo (Semab).
O waffer teve sua comercialização em São Paulo proibida pela Semab no último dia 5. De acordo com análises feitas pelo laboratório da secretaria, amostras do produto apresentaram 14 fragmentos de insetos, um inseto inteiro e um pêlo de roedor.
Segundo o importador do produto e representante da empresa no Brasil, Matthias Dittrich, o waffer passa por um rígido controle de produção na Alemanha e não há qualquer possibilidade desse tipo de contaminação.
"O produto é destinado a diabéticos. Qualquer erro de controle pode significar a morte de um diabético, que mantém uma dieta muito rígida", disse Dittrich.
Além disso, segundo Dittrich, o produto foi colhido no supermercado Eldorado, da rua Pamplona.
"Este supermercado foi interditado por problemas de segurança e multado por falta de higiene dois dias depois de terem sido colhidas no local as amostras do meu produto. Se houver alguma contaminação, ocorreu no ponto de venda", disse.
Dittrich também informou que este é um assunto que deveria ser tratado pelo Ministério da Agricultura e não pela Secretaria do Abastecimento de São Paulo.
Na mesma data em que proibiu a venda do waffer, o secretário do Abastecimento, Waldemar Costa Filho, também proibiu o arroz agulhinha Tio Pepe e a linguiça de pernil suíno tipo toscana Ibi.
Costa Filho também pediu aos Ministérios da Agricultura e da Saúde que proibissem a venda dos três produtos em todo o mercado brasileiro.
Amostras do arroz teriam apresentado um caruncho morto, nove fragmentos de insetos e dois ácaros mortos, a linguiça apresentou leveduras acima do limite.
Fabricantes do arroz Tio Pepe e da linguiça Ibi negaram qualquer contaminação.

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