São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994 |
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Comércio recorre ao atacado
MÁRCIA DE CHIARA
Com isso, pagam até mais caro pelo produto. Mas, segundo os supermercadistas, não há outra fórmula para manter as prateleiras cheias e escapar do atraso na entrega provocado pela falta de matéria-prima, embalagem e frete. "As compras dos supermercados no atacado hoje são, no mínimo, 10% maiores em relação aos meses de julho e agosto", diz Firmino Rodrigues Alves, presidente em exercício da Apas (Associação Paulista de Supermercados). Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga, que reúne os pequenos supermercados, confirma o crescimento das compras do varejo no atacado. "Como as indústrias estão atrasando as entregas, estamos repondo as gôndolas com mercadorias compradas no atacado." O atacadista Makro já detectou o aumento da procura por parte do varejo. Álvaro de Souza Lima, diretor de alimentos do Makro, diz que os supermercados hoje respondem por 40% das suas vendas. Em julho, a participação desse segmento não passava de 30%. Na prática, as mercadorias também estão chegando com atraso no atacado. "Em todas as categorias de produtos, sentimos uma deterioração gradativa no nível de atendimento da indústria por falta de embalagem, matéria-prima, frete e até de capacidade de produção", diz Souza Lima. Mas, como o atacado compra grandes volumes, acaba sendo privilegiado nas entregas. Sente, portanto, menos os efeitos das falhas no abastecimento. Além disso, diz Souza Lima, a sua empresa reforçou a oferta de produtos importados. Isto atenua a falta das mercadorias nacionais. Em 1993, os importados respondiam por 2,5% das vendas do Makro. Neste ano, a participação desses produtos no faturamento deve atingir 15%. (MCh) Texto Anterior: Empresa paga frete de retorno Próximo Texto: Corrente contínua; Indicação confirmada; Ad referendum; Novos negócios; Nova geração; Próximo programa; Linha de desmontagem; De grego; Longo prazo; Fato confirmado; Bom gosto Índice |
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