São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994
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Theatre D'Ombres mostra arte chinesa

BEATRIZ CANEPA
DA REDAÇÃO

Espetáculo: Theatre D'Ombres
Onde: Teatro Transamérica - Hotel Transamérica (av. das Nações Unidas, 18.591, Marginal Pinheiros, tel. 011/521-4468)
Quando: De 09 à 18 de dezembro, sex e sáb às 21h30, dom às 20h.
Ingresso: R$ 30,00. Jantar cultural (ingresso e jantar no Blooming): R$ 45,00
Cartão Real Visa: 50% de desconto.

O Theatre D'Ombres de Paris estréia hoje no Teatro Transamérica, trazendo para o público a milenar técnica chinesa de animação das sombras. Apresenta os espetáculos "Ayaz, Conto Oriental", "Pedro e o Lobo"e "A Princesa Laban", adaptados de contos populares.
Os artistas Bastien Thiry, Cécile Bourrier e Rupert Ingrams, integrantes do grupo Teatro da Voz Látea, criaram o Theatre D'Ombres em 1988. A idéia surgiu durante a elaboração da peça " A Conferência dos Pássaros', baseada num poema persa do século 18.
Naquele espetáculo, alegoria mística sobre pássaros que procuram seu rei, havia pequenas histórias paralelas e decidiu-se representá-las utilizando o teatro de sombras. Desde então, o grupo vem ampliando seu repertório, que já conta com cinco espetáculos.
Bastien Thiry destaca a praticidade do teatro de sombras. "Com apenas marionetes de papelão, luz e uma tela é possível criar muitas imagens." Também permite que um ator manipule vários personagens ao mesmo tempo.
Rupert Ingrams, que manipula as marionetes, afirma que no teatro de sombras a interação dos atores com o público não é estática. "É como se o espectador respirasse junto conosco." É sempre possível improvisar novos movimentos com as marionetes.
Em "Ayaz, Conto Oriental", um monstro impede o encontro do príncipe Ayaz e sua princesa. "Pedro e o Lobo", encenação do conto musical de Prokofiev, conta as aventuras do menino Pedro, ameaçado por um lobo. "A princesa Laban" é adaptação de um poema indiano.
As peças são narradas em francês. Cécile Bourrier afirma que não há problemas para entendê-las, porque a linguagem principal está nas sombras. "O grande fascínio do teatro de sombras é a imagem e não o texto."
O espetáculo não tem acompanhamento de músicos. A trilha sonora é composta de repertório variado. Algumas músicas são de filmes, entre eles "A Dupla Vida de Veronique" e "Romeu e Julieta".
A artista aproveita para elogiar a riqueza musical do Brasil. "Aqui existe grande diversidade de instrumentos e seria interessante se fossem adaptados ao teatro de sombras".

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