São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994
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Menem insiste em criticar Fidel

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DO ENVIADO ESPECIAL

Na minha vida, aprendi que entre o pão e a liberdade, é preferível escolher a liberdade. Se tiver que ficar sozinho na luta pela liberdade, ficarei, disse ontem em Miami o presidente Carlos Menem, da Argentina.
Ele estava respondendo, durante uma entrevista coletiva, se não receava acabar isolado de seus colegas latino-americanos devido à insistência de colocar o caso de Cuba na agenda da Cúpula das Américas.
Vou dizer o que é preciso ser dito. Já fiz isso em outros encontros do gênero. Não estou contra nada nem ninguém, mas sim a favor da liberdade e da democracia, afirmou Menem.
O presidente argentino, devido à sua obstinação em levantar o tema de Cuba, é uma das atrações da Cúpula. Brasil e México estão entre os países que preferem evitar pressões sobre o governo de Fidel.
O nome de Menem também aparece em Miami associado ao episódio dos atentados antijudaicos na Argentina. Há algumas faixas pela cidade, acusando-o de tolerância com o movimento neonazista.
Também chamou a atenção o desejo (realizado) de Menem de se hospedar na suíte que nos anos 20 era sempre reservada ao chefão da Máfia Al Capone num dos mais luxuosos hotéis da cidade, o Biltmore, em suas visitas a Miami.
(CELS)

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