São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 1994 |
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Brasil e Argentina fecham acordo para autopeça; trigo terá sobretaxa
SÔNIA MOSSRI
Nos primeiros quatro meses de 1995, as importações de trigo de países que não pertençam ao Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) serão sobretaxadas em 10%. Com isso, aumentarão as exportações argentinas de trigo para o Brasil. Depois de dois dias de reuniões, o ministro da Fazenda, Ciro Gomes, chegou a um acordo ontem com o ministro da Economia argentino, Domingo Cavallo, sobre as regras de comercialização do setor automobilístico entre os dois países. Pelo sistema atual vigente na Argentina, no mínimo 60% das autopeças dos veículos fabricados no país devem ser de origem nacional. Com o acordo, os componentes brasileiros que eventualmente estejam presentes nos carros argentinos passam a compor esse índice mínimo de nacionalização. Além disso, os argentinos somente podem importar o mesmo valor equivalente às exportações de autopeças. Vantagem O governo brasileiro saiu vitorioso das negociações com a equipe de Cavallo. A partir de 1º de janeiro de 1995, quando entra em vigor o Mercosul (Mercado Comum do Sul, união aduaneira entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), as autopeças brasileiras terão tratamento privilegiado. Isso quer dizer que para cada US$ 1,00 que a Argentina venda para o Brasil terá o compromisso de importar US$ 1,20 em autopeças brasileiras. Esse mecanismo se estenderá até 1999, quando termina o prazo do mecanismo protecionista para a indústria automobilística argentina. Esse acordo não agradou aos empresários argentinos. Colaborou a Redação Texto Anterior: Governo mantém inflação baixa, diz FHC Próximo Texto: Isonomia pode provocar déficit extra de R$ 2 bi no Orçamento Índice |
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