São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 1994
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Defesa quer tirar ação do STF

DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Caso PC Farias seja absolvido do crime de corrupção passiva, os seus advogados irão tentar conduzir para Justiça Federal a parte do processo no qual é acusado de falsidade ideológica.
Segundo o advogado Nabor Bulhões, essa acusação (assinar cheques em nome de pessoas fictícias) não teria nenhuma conexão com as atividades do ex-presidente Collor.
Por este motivo, o defensor de PC vai pedir aos ministros do STF, na continuidade do julgamento, que essa parte do processo seja julgada pela primeira instância da Justiça Federal, em Brasília.
O empresário alagoano disse ontem aos seus irmãos que deu um grande passo com o voto a seu favor do ministro Ilmar Galvão, relator do Collorgate. Acha, no entanto, que seria muito cedo para comemorar alguma coisa.
Os advogados do ex-tesoureiro já esperavam o voto favorável de Galvão. Eles apostam em uma vitória por 6x2.
Quatro dos sete irmãos de PC –Cláudio, o deputado Augusto Farias, Luiz Romero e Carlos Gilberto– compareceram ontem ao julgamento no STF(Supremo Tribunal Federal).
Por volta de 13 h, no intervalo, Luiz Romero foi visitar o empresário alagoano na prisão do Batalhão de Choque da Polícia Militar. PC estava tenso à espera de notícias.
O seu irmão informou que parte das provas apresentadas pelo Ministério Público –o computador da Verax e a fita com a gravação de Sebastião Curió– haviam sido consideradas ilegais pelo STF.
PC avaliou como positivo o fato, mas permaneceu tenso à espera do início da votação. Durante toda a tarde, ficou ouvindo noticiário de rádios que transmitiam notas sobre o julgamento.
À noite, recebeu as visitas de Augusto e dos seus advogados. O empresário tem conseguido dormir muito pouco, cerca de quatro horas por noite, devido à expectativa sobre o julgamento.

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