São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 1994 |
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Advogado investiga possibilidade de erro médico
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
Grossberg advogava para Jobim há 15 anos. Foi uma das últimas pessoas a conversar com o compositor antes de ele ser operado. Só com a papelada em suas mãos, diz Grossberg, será possível avaliar, com a ajuda de um especialista, se houve ou não erro médico. "Vou até o fundo, farei o melhor de mim para saber o que aconteceu com Tom"', afirmou Grossberg à Folha, por telefone. O advogado quer o parecer oficial dos médicos do Mount Sinai. "Já estou sabendo que alguns médicos falaram, categoricamente, que houve erro médico. Quero investigar tudo, mas até agora não tenho bases para firmar que esse erro ocorreu", afirma. "Hoje (ontem) mesmo solicitei ao hospital Mount Sinai todos os registros de Tom. Acho pura irresponsabilidade falar em erro médico sem um análise dessa papelada", diz Grossberg. "Médicos brasileiros andaram falando sobre o assunto do erro médico. Mas posso dizer, agora, que eles não estavam lá, ao lado de Tom, e não poderiam relatar sobre o que se passou", disse. Perguntado sobre qual era o maior problema de saúde de Jobim, com quem conversou um dia antes da operação, Grossberg afirmou: "O senhor Jobim tinha um coração fraco. Mas não estava no hospital por causa das condições de seu coração." Grossberg quer saber se a operação a qual Tom Jobim se submeteu foi sugerida por ele mesmo ou pelos médicos. Grossberg diz que, por enquanto, não pretende solicitar abertura de inquérito para investigar erros médicos. "Não podemos fazer isso agora, não há fatos que dêem base para esse tipo de suposição." Texto Anterior: Tom Jobim é velado no lugar que ele considerava o paraíso Próximo Texto: Hospital não discute tratamento Índice |
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