São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 1994
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Receita arrecada R$ 5,9 bi em novembro e bate recorde histórico

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A arrecadação tributária da Receita Federal em novembro atingiu recorde histórico: R$ 5,9 bilhões. O valor é 3,49% maior que o do mês anterior e 32,69% superior a igual período de 93.
O desempenho da arrecadação em novembro é explicado pela Receita por, basicamente, dois fatores: cobrança e fiscalização.
Outro fator mencionado é a queda da inflação provocada pelo Real, que estancou a corrosão de tributos, como IPI e Cofins.
A fiscalização da Receita sobre as 30 mil maiores empresas do país –com faturamento mensal acima de US$ 150 mil–, teve reflexo nos números recordes.
Dessas 30 mil, 14 mil foram notificadas pela Receita, o que representou acréscimo de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões sobre a arrecadação de novembro, além do esperado para dezembro.
O esforço da Receita pode ser observado pelo aumento na arrecadação de multas, que foi 71,5% superior a 93. O governo já espera recolher R$ 62,3 bilhões de tributos no acumulado do ano.
Apesar do desempenho recorde, a Receita teve queda na arrecadação do Imposto de Renda de Pessoa Física –devido à redução no número de contribuintes– e do Imposto sobre Operações Financeiras. A queda de 20,15% do IOF em relação a outubro decorre das medidas de restrição ao crédito.
Segundo José Alves da Fonseca, coordenador-geral da Secretaria da Receita, a arrecadação de dezembro deve ser ainda maior do que a obtida em novembro.
Fonseca espera totalizar em dezembro a cobrança sobre as 14 mil empresas devedoras de tributos, o que significaria mais R$ 1,5 bilhão nos cofres públicos.

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