São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 1994 |
Próximo Texto |
Índice
Europa quer manter ONU Bósnia
ANDRÉ FONTENELLE
O encontro na cidade alemã reúne os 12 integrantes da União e os três novos membros a partir do dia 1º, Áustria, Finlândia e Suécia. Os participantes expressaram o temor de que uma retirada provoque um recrudescimento do conflito na ex-Iugoslávia. Bélgica, Holanda e Dinamarca mostraram preocupação com as consequências da chegada do inverno para os civis sitiados. Os três países pediram a continuação das negociações pela paz. Ao mesmo tempo, os sérvios da Bósnia suavizaram sua posição em relação à presença dos capacetes azuis na zona em conflito. O líder dos sérvios, Radovan Karadzic, disse que a presença dos soldados da ONU será necessária, caso se chegue a um acordo de paz, para evitar um desastre humanitário. Ele advertiu a Otan e os EUA para não tentarem substituir as tropas das Nações Unidas na Bósnia, caso estas se retirem. Ex-comunistas Os participantes do encontro aprovaram um plano de ajuda a seis países do antigo bloco comunista, para prepará-los à adesão à União Européia. Esse plano inclui concessões comerciais e ajuda à adaptação da legislação desses países ao mercado único europeu. Os seis candidatos são Bulgária, Eslováquia, Hungria, Polônia, República Tcheca e Romênia. Líderes desses países comparecem hoje ao encontro em Essen. A mensagem principal é que a UE está avançando, disse o chanceler alemão Helmut Kohl. Desemprego O presidente da Comissão Européia, Jacques Delors, pediu medidas contra o desemprego. Sem uma ação urgente, segundo Delors, o desemprego, que já atinge 17 milhões de pessoas na Comunidade, aumentará. Ele anunciou ainda 14 grandes obras no continente, a maioria no setor de transportes. Entre elas, figuram cinco novas linhas de TGV (trem de alta velocidade), a ligação rodoviária entre Suécia e Dinamarca e um serviço marítimo entre Suécia e Escócia. A Espanha foi motivo de controvérsia no encontro, ao afirmar que não ratificará a entrada de Áustria, Finlândia e Suécia na União enquanto os pescadores espanhóis não tiverem maior acesso às águas continentais. O presidente francês, François Mitterrand, se comprometeu a eliminar as objeções francesas à criação da Europol, a polícia européia. Próximo Texto: Irlanda tem nova reunião Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |