São Paulo, domingo, 11 de dezembro de 1994 |
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A demência mais perfeita
INÁCIO ARAÚJO Heinrich Mann, consta, atribuía o sucesso dessa adaptação de seu romance "Professor Unrath" às pernas de Marlene Dietrich. Não é um mau motivo. Há outros, da perversa sensualidade de Marlene até sua voz. Mas há ainda um notável Emil Jannings, o professor, caindo de seu moralismo empedernido e autoritário para o deboche. Em torno desses dois personagens, Sternberg constrói um clima de perfeita demência: ela está na luz, nos objetos, na atmosfera onírica. Neste filme, o mais surpreendente é que não se acredita em nada, mas essa irrealidade, esses seres de fantasia, se impõem e junto arrastam o espectador para seu mundo.(Inácio Araujo) O ANJO AZUL (Der Blaue Engel). Alemanha, 1930, 109 min. Direção: Joseph von Sternberg. Com Emil Jannings, Marlene Dietrich. Em preto-e-branco. Legendado. Na Cultura. Texto Anterior: Globosat mostra finais ao vivo; Psicopatas pedem carona a yuppies; Especiais sobre aviação para fãs do gênero; Espiões se amam na guerra; River Phoenix e Redford quebram sigilo; Costner fala de seu novo filme; O Natal do urso Zé Colméia Próximo Texto: O velho contra o novo Índice |
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