São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 1994
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Pissardo nega uso de silenciador em arma

DA FOLHA VALE

O estudante Gustavo Pissardo, 21, que confessou à polícia ter matado cinco pessoas da família, negou ontem durante interrogatório na 2ª Vara Criminal do Fórum de Taubaté ter usado um silenciador.
O possível uso do silenciador é considerado pela polícia como um dos principais trunfos da acusação, porque poderia evidenciar que as mortes haviam sido premeditadas.
A informação de que Pissardo não usou a peça foi dada pelo advogado José Carlos de Oliveira, que alega que o rapaz sofre de insanidade.
No interrogatório, Pissardo confirmou as mortes, mas não explicou o motivo. O depoimento durou 50 minutos e o estudante foi vigiado por 12 PMs.
Pissardo deixou a sala do júri chorando e foi levado, sem dar declarações, para a Casa de Custódia e Tratamento, em Taubaté, onde está preso há quase dois meses.
Segundo o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Luiz Valias Borges, o silenciador teria sido encomendado por Pissardo a um ex-professor.
Para o promotor da Vara do Júri de São José dos Campos, Rogério Zagallo, 25, o interrogatório ainda será analisado e isso não deve ter muito "peso" no processo.

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