São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 1994
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Linhas gerais; "Pela ordem!"; Passando do limite; Inauguração; Hora da decisão; Na ponta do lápis; Superfaturamento

Linhas gerais
Em seu discurso hoje no Senado, FHC deve definir os limites do Estado –reduzido às áreas essenciais, mas árbitro do mercado–, pregar uma ação rápida neste sentido e pedir o apoio do Congresso para realizar as reformas.

"Pela ordem!"
O discurso de FHC no Senado corre o risco de prolongar-se indefinidamente e bater o recorde de apartes. Vão sobrar senadores querendo usar a chance histórica de ter sua fala registrada nos anais.

Passando do limite
Há uma divisão dentro do governo Fleury sobre a idéia de dar um aumento de afogadilho aos professores da rede pública, de 70% a 80%. Covas já está preparado para reagir. Acha que o reajuste pode inviabilizar sua gestão.

Inauguração
A primeira reunião do secretariado de Covas acontecerá hoje, na sede do governo de transição. Foi convocada pelo futuro secretário de Governo, Antônio Angarita.

Hora da decisão
Covas reúne-se com Cabrera (PFL) até o final da semana para definir a participação do partido no secretariado. Agricultura e Habitação são as vagas prováveis.

Na ponta do lápis
Apesar das trombadas entre Fleury e Covas, a transição paulista começa a andar mais rápido. Reúnem-se hoje o atual secretário da Fazenda, José Fernando Boucinhas, e o futuro, Yoshiaki Nakano. A pauta está carregada.

Superfaturamento
A livraria Presença, responsável pelo lançamento do livro "Fraude", de Frederico Vasconcelos, sobre as importações superfaturadas de Israel, cobrou R$ 30,00 por exemplar na noite de autógrafos. O preço nas livrarias é R$ 20,00.

Do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Velloso, sobre a intenção do relator do Orçamento de 95 no Congresso, senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), de cortar as verbas do TSE:
– Isto inviabilizará o voto informatizado. O senador será responsável pela manutenção do voto mecânico, que resultou em tantas fraudes este ano.

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