São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Projeto retira das ruas e emprega 200 adolescentes em 1 ano em BH

AMAURY RIBEIRO JR.
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Um projeto de parceria entre a Associação Municipal de Assistência Social (Amas), a Prefeitura de Belo Horizonte e empresas públicas e privadas conseguiu em um ano retirar das ruas da cidade 200 adolescentes de 14 a 16 anos.
Chamado Programa de Geração de Trabalho com Adolescentes com Trajetória em Rua, o projeto visa garantir emprego em várias empresas da cidade a adolescentes retirados da rua.
Segundo a presidente da Amas, Vera Maria Neves Victer, 11 empresas públicas e privadas já aderiram ao programa. "Começamos com as empresas públicas. Mas as empresas privadas tiveram também a iniciativa de aderir ao programa", afirmou.
Os adolescentes são retirados das ruas por entidades de apoio a adolescentes de rua e por funcionários da Amas, encarregados de encaminhá-los às empresas. Antes de serem empregados, os adolescentes passam por um período de adaptação em três albergues da prefeitura.
Victer disse que, mesmo depois de empregados, os adolescentes continuam tendo um acompanhamento permanente da Amas, das entidades de apoio ao adolescente e das empresas.
"É uma ação conjunta que busca uma nova concepção de trabalho. Os adolescentes passam a ter os mesmos direitos e deveres dos demais trabalhadores. Temos a grande preocupação de que não sejam discriminados", disse Victer.
A Amas tem como meta retirar 400 dos 500 adolescentes que moram nas ruas da cidade. Integrada ao programa, a Petrobrás Distribuidora, de Belo Horizonte, empregará a partir da amanhã 15 adolescentes, que passarão a ocupar o cargo de frentistas em postos.
Segundo o assessor de imprensa da Petrobrás, Renato Vieira, os adolescentes foram submetidos a duas semanas de ensinamento. "O treinamento consistiu em dar a eles desde noções básicas de higiene e relacionamento com os clientes até conhecimento de mecânica e legislação trabalhista", disse Vieira.
Vieira afirmou que os adolescentes trabalharão oito horas por dia e receberão inicialmente o salário mínimo por mês. "Os salários serão pagos pelos postos conveniados com a Petrobrás", disse.
Outras empresas, como a Pizza Hut e a Acesita, também aderiram ao programa.

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