São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 1994
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Promotoria recorre da absolvição de Paiakan

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

A promotora Mirna Gouveia dos Santos, 24, entrou ontem com recurso contra a absolvição de Paulinho Paiakan, 39, e Irekran.
O casal foi absolvido no último dia 28 da acusação de estupro e atentado violento ao pudor contra a estudante Sílvia Letícia Ferreira, 20, em maio de 92. A absolvição foi do juiz de Redenção (1.085 km ao sul de Belém), Élder Costa, 28.
O recurso pode provocar, em 95, um novo julgamento dos acusados pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado..
Paiakan foi absolvido por falta de provas e Irekran por não ser integrada à cultura dos não-índios, sendo inimputável perante a lei.
A defesa alegou que as lesões na vagina da vítima foram causadas por Irekran. "Em juízo, o perito afirmou que a ruptura do hímen só poderia ter sido provocada por um pênis", disse a promotora.
Segundo a promotora, Irekran também não pode ser considerada inimputável por não estar integrada aos não-índios. Uma prova disso, afirmou a promotora, é que ela entende português.

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