São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 1994
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Novo acidente faz EUA rever segurança aérea

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O secretário dos Transportes dos EUA está convocando representantes de todas as empresas aéreas do país para uma reunião na semana que vem para discutir como garantir mais segurança em vôos domésticos.
Sua decisão foi tomada após a queda, anteontem à noite, do vôo 3379 da American Eagle, na rota de Greensboro a Raleigh, na Carolina do Norte (Costa Leste dos EUA), que matou 15 das 20 pessoas a bordo.
Foi o segundo acidente com mortes da American Eagle em dois meses. Em 31 de outubro, 68 pessoas morreram em Roselawn, Indiana (Meio-Oeste).
Ontem, um avião militar caiu sobre um edifício de apartamentos quando tentava aterrissar no aerorporto de Fresno, Califórnia (Costa Oeste). Até as 16h15 em Washington (19h15 em Brasília) não havia informações sobre vítimas no acidente de Fresno.
O aparelho que caiu em Raleigh era um Jetstream Super 31, de fabricação britânica. Aviões desse modelo caíram em 1º de dezembro de 1993 (18 mortes) e em 7 de janeiro de 94 (41 mortes). O acidente de outubro foi com um ATR-72.
Na sexta-feira passada, o governo federal proibiu os ATR-72 de voarem em condições atmosféricas de formação de gelo, por ter concluído que esse tipo de avião é inseguro em tais situações.
Os ATR-72, de fabricação franco-italiana, compõem a maior parte da frota da American Eagle, que teve de cancelar dezenas de vôos desde sábado em áreas dos EUA em que as temperaturas estão abaixo de zero grau Celsius.
No mês passado, a Associação Internacional de Passageiros de Avião aconselhou seus sócios a não embarcarem em aviões com menos de 31 assentos, argumentando que eles são mais inseguros.

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