São Paulo, sexta-feira, 16 de dezembro de 1994
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Banda carioca estréia com rap e reggae

SYLVIA COLOMBO
DA REDAÇÃO

Show: Reggae Sunsplash Festival
Com: Inner Circle, Third World, Nadine Sutherland, Barrington Levy, Cindy Breakspeare, Damian Marley, Skool Band e O Rappa
Quando: hoje às 20h
Onde: Ginásio do Ibirapuera (r. Manoel da Nóbrega, 1.361, tel. 011/887-3500, Ibirapuera) Quanto: R$ 20 (arquibancada), R$ 25 (pista e numerada superior), R$ 30 (numerada inferior)

A segunda apresentação do festival "Reggae Sunsplash", que acontece esta noite no Ginásio do Ibirapuera, marca também a estréia do grupo carioca O Rappa em São Paulo. É a única banda brasileira que participa do evento.
"Nosso reggae é mais regional, pois trabalha com ritmos da MPB", diz o guitarrista Alexandre Meneses.
A mescla de estilos marca o seu primeiro disco, sem título, que está sendo lançado pela Warner. Mixado em Londres, o trabalho tem influências do rock e do samba.
"Em reggae tudo já foi feito, as novas bandas tem que procurar um caminho de renovação na mistura", diz o vocalista Marcelo Yuca.
O grupo se diz influenciado também pelo rap e por Bezerra da Silva, que participou da gravação do disco.
Algumas faixas têm a fusão do rap com o reggae bem marcada, como "Candidato Caô Caô" e "Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro".
Segundo eles, o reggae tem se fragmentado em temáticas específicas, como o sexo e violência.
"A fragmentação é boa porque dá opção de escolha, mas distorce a estrutura do estilo. O segredo para a sobrevivência do reggae é a renovação e a abertura para elementos de outros ritmos", diz Alexandre.
O Rappa acha cedo para definir o perfil de seu público. "Nos inspiramos no mundo da rua, nos camelôs e na linguagem das esquinas."
O nome do conjunto nasceu da da gíria "Olha o rapa!", usada entre vendedores de rua para indicar a chegada dos fiscais da prefeitura. Além disso, o grupo procurou um nome curto, sonoro e acessível.
"Nosso trabalho amadureceu um pouco desde a gravação do disco. O festival vai ser uma boa oportunidade para adquirir experiência de palco e trazer o nosso trabalho para São Paulo", diz Alexandre.
Para as apresentações ao vivo, o grupo acrescentou naipes de metais e teclados.
O show deve durar meia hora, em que o grupo mostra seis faixas do disco: "Candidato Caô Caô", "Todo Camburão tem um Pouco de Navio Guerreiro", "Catequeses do Medo", "Não Vão me Matar", "Take it Easy" e "Mitologia Gerimun".

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