São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994
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Minas vai ter 3 ministérios em futuro governo

GABRIELA WOLTHERS; EUMANO SILVA

GABRIELA WOLTHERS; EUMANO SILVA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

FHC decidiu que Minas terá três ministérios em seu futuro governo: Ciência e Tecnologia, Trabalho e Indústria e Comércio.
O tucano já definiu que o presidente do PTB, senador José Eduardo Andrade Vieira (PR), será seu ministro da Agricultura.
O diplomata Ronaldo Sardenberg, atual embaixador do Brasil na ONU, foi confirmado na Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Outro nome certo na equipe é o do general Alberto Cardoso para o Gabinete Militar. Cardoso é comandante da 2ª Brigada Motorizada de Infantaria.
A decisão de FHC faz de Minas o Estado com o segundo maior número de ministérios. O primeiro é São Paulo, com cinco.
Ao entregar três pastas aos mineiros, FHC tenta abafar o início de uma crise, atendendo às reivindicações dos seus três maiores aliados no Estado: o atual governador, Hélio Garcia (PTB), o governador eleito, Eduardo Azeredo (PSDB), e o presidente nacional do PSDB, Pimenta da Veiga.
O prestígio de Garcia pode levar FHC a nomear dois ministros ligados a ele. Os nomes mais fortes são os do seu ex-secretário de Fazenda, Roberto Brant, e do Planejamento, Paulo Paiva.
Brant é mais cotado para a pasta da Indústria e Comércio, e Paiva, para o Trabalho. Pela cota do PSDB, até ontem à noite, já estava certo que a ex-ministra do Trabalho (governo Sarney) Dorothéa Werneck fará parte da equipe.
Dorothéa tem mais chances de ir para o Ministério da Ciência e Tecnologia, mas pode voltar para a pasta do Trabalho.
A escolha de Andrade Vieira para a Agricultura foi um caso à parte no quebra-cabeça para a montagem do ministério.
FHC já havia decidido que nenhum presidente de partido seria indicado para o primeiro escalão.
Vieira indicou João Elíseo, diretor de seu banco, o Bamerindus, para assegurar a vaga ao PTB.
Depois que PMDB e PFL já estavam satisfeitos com seus cargos, o senador voltou à cena. Como FHC não estava satisfeito com Elíseo, Vieira deu como alternativa seu próprio nome. Foi aceito.

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