São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994
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Pró-sangue tem 60 pessoas na fila para transplante de medula óssea

DA FT

Hoje existem 60 pessoas aguardando um leito na Fundação Pró-Sangue para fazer um transplante de medula óssea. Essas pessoas já têm doadores e chegam a esperar dois anos pelo transplante.
Segundo o presidente da Associação Pró-Transplantados de Medula Óssea, Carlos Augusto Zanuto, por ano morrem cerca de 50 pessoas que estavam na fila.
O transplante é indicado para pessoas que sofrem de leucemia (câncer do sangue). Segundo o médico hematologista, Frederico Dulley, as chances de um paciente voltar a ter leucemia depois do transplante é de 15% a 20%.
A Pró-Sangue é considerada a melhor do Estado em transplantes de medula, mas possui apenas nove leitos. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, no Estado, além da fundação, há a Unicamp e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que ao todo têm 21 leitos.
"Temos idéia de aumentar o número de leitos", afirmou o diretor técnico científico da Pró-Sangue, Pedro Dorlhiac. Segundo ele, o Hospital das Clínicas está em reforma e nove leitos da fundação estão sendo usados pelo hospital.
O segurança Gilson Alves Santa Rosa, 35 anos, tinha leucemia e fez o transplante há dois meses. "Fiquei na fila dois anos esperando um leito. Eu ficava assustado. Eu tinha até hemorragia no nariz."
O embalador Sivaldo José Motta, 33 anos, também passou pelo mesmo drama. Ele recebeu o transplante há 52 dias e esperou um ano e oito meses por ele.
"Fiquei aguardando a vaga com muita ansiedade, mas também sabia que tinha gente pior que eu."
Este ano foram registrados 200 pedidos de doadores no país.

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