São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994
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Médica constatou hemorragia

AUGUSTO GAZIR
DA REPORTAGEM LOCAL

A médica Paula Melin, que atendeu Marcelo Pires Barbosa no Hospital Ermelino Matarazzo (zona leste de SP), disse que ele chegou no hospital vivo e bastante ferido, principalmente na cabeça.
Ela disse não poder afirmar se os ferimentos foram causados por espancamento. Segundo a médica, Barbosa estava com hemorragia interna e morreu devido a uma parada cardiorrespiratória.
"Pode até ser que tenha havido excesso da polícia, mas ele (Barbosa) também se excedeu", disse Idemar Timóteo, delegado da 64º DP, onde foi feito o boletim de ocorrência do caso.
Segundo os policiais e a dona da casa que foi invadida por Barbosa, Miquiko Sakamoto, o rapaz teria resistido à prisão.
A vendedora Marta Guedes deu outra versão e afirmou que Barbosa não resistiu à prisão. "Todo mundo viu ele apanhando da polícia", disse.
"A rua lotou de viaturas. Jogaram uma bomba de gás para dispersar os vizinhos", afirmou Manoel dos Santos, vizinho de Marta.
Segundo o boletim de ocorrência, três carros da PM foram ao local (números 2301, 2325 e 2370). Os vizinhos disseram ter visto mais quatro carros, de números 2316, 2302, 2305 e 2351.
Barbosa avai ser enterrado hoje às 8h no cemitério da Saudade, em São Miguel Paulista (zona leste).
O laudo do IML (Instituto Médico Legal) sobre a causa da morte deverá ser divulgado na semana que vem.(Augusto Gazir)

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