São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994 |
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Escavação de usina revela sítio arqueológico nordestino
ARI CIPOLA
Mesmo antes de os estudos estarem concluídos, a descoberta mostra detalhes importantes sobre os habitantes pré-históricos da região. Eles tinham, há mais de 3.000 anos, preocupações religiosas e sociais. Os arqueólogos chegaram a essa conclusão devido à forma ritualística como os corpos eram enterrados. Os estudos preliminares do material mostram que o homem pré-histórico do Nordeste tinha entre 1,60 m e 1,80 m de altura, uma média superior à existente hoje. A idade do material foi determinada pela técnica do carbono 14, em exames feitos em Lion (França). Os vestígios analisados mostram esqueletos com 3.280 anos. No total, foram encontrados pelas arqueólogas Cleonice Vergene, Cristiane Cerqueira e Suely Amancio, 70 sítios arqueológicos. De 14 inscrições em rocha encontradas –com pinturas e gravuras–, apenas oito não foram submersas pelo lago da hidrelétrica. A partir dos sítios de Xingó, as arqueólogas estimam que há presença humana nas margens do rio São Francisco há pelo menos 15 mil anos, pois os esqueletos analisados até agora estavam a uma profundidade de um metro e foram encontrados alguns a cinco metros de profundidade. Cleonice, coordenadora do projeto, disse que o fato de parte dos sítios terem ficado sob a água do lago de Xingó não atrapalha as pesquisas. "Recolhemos 31 mil peças que agora serão estudas para definir o clima, a quantidade de pessoas do grupo encontrado e hábitos alimentares. Texto Anterior: Grupo armado rouba empreiteira em SP Próximo Texto: Gil Vicente e sua senhora Índice |
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