São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994 |
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Vendas explodem e falta brinquedo
MÁRCIA DE CHIARA
Os estoques de modelos de brinquedos mais procurados de triciclos, autoramas, videogames e bonecas, já estão esgotados em algumas lojas e nas fábricas. "Se continuarmos neste ritmo, o Natal será no dia 20 de dezembro", prevê Ricardo Sayon, sócio da rede de lojas Hi Happy. Até agora, ele vendeu 25% mais do que em dezembro de 1993. "Somente entre os dias 1º e 12 de dezembro, as vendas de brinquedos foram 20% maiores em relação ao mesmo período de 1993", diz Jayme Blanc, presidente da Associação Brasileira de Revendedores de Brinquedos. O setor projetava crescimento entre 10% e 15% nos negócios neste Natal. Segundo ele, o consumidor antecipou as compras, por isso as vendas aumentaram repentinamente no começo do mês. Resultado: os brinquedos líderes se esgotaram em algumas lojas. Carlos Cimerman, sócio da loja PBKids e da importadora PBK, conta que os estoques de bonecas Beijoquinha e Papinha (Estrela), de triciclos (Bandeirante) e a coleção de bonecos Cavaleiros do Zodíaco estão zerados. "Estou percorrendo as fábricas para comprar os produtos que sobraram", afirma. Dos 2.000 itens que revende, cerca de 900 (300 nacionais e 600 importados) estão esgotados. Sayon, da Hi Happy, diz que estoques de mais de 100 itens dos 2.600 que trabalha acabaram. Entre eles: a Barbie Igual a Você (Estrela) e Nenê do Coração (Tec Toy). Além disso, a rede está recebendo a conta-gotas os Cavaleiros do Zodíaco, coqueluche do Natal; o Pense Bem (Tec Toy); a linha Winspector (Glasslite) e a linha de jogos (Grow). A indústria confirma que não tem alguns itens para entregar. A Estrela, que está vendendo 35% mais neste Natal, informa que estão zerados os estoques de emergência do Meu Bebê, de alguns modelos da Barbie, do robô Trony e do autorama do Senna. A Grow, que vendeu 40% mais neste Natal, não aceita pedidos desde o começo de novembro. Jogos como Cara Maluca e War estão esgotados, conta José Lopes, diretor-financeiro. Na Tec Toy, que registrou crescimento de 27% nos negócios, o quadro é semelhante. A empresa já não tem alguns modelos de videogames e de bonecas eletrônicas para entregar. E mais: não aceitou encomendas de agendas eletrônicas para o Natal porque vendeu parte da produção do fim de ano no Dia da Criança. "Erramos na programação", diz Stefano Arnhold, diretor-presidente. LEIA MAIS sobre vendas de Netal na pág. 2-3 Próximo Texto: Bloqueio legal; Dívida antiga; Acerto de contas; Sede de lucros; Fazendo a ponte; Travessia longa; Com apetite; Ano bom; No Mercosul; Curva em aclive Índice |
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