São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994
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Taxas de juros dos CDBs voltam a cair

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O Banco Central voltou a reduzir a taxa de juros do over. Os dados de inflação para dezembro estão sendo menores do que os estimados no início do mês.
O BC sinalizou o mercado com taxa de over de 4,92% ao mês, contra 4,95% no dia anterior.
Amaury Bier, diretor de análise econômica do Citibank, prevê para a próxima semana a continuidade da tendência de baixa nas taxas de juros.
A expectativa é de que os índices de preços declinem este mês para patamar próximo a 2%.
Na próxima segunda-feira haverá o vencimento do mercado de opções na Bolsa paulista. A aproximação do vencimento de opções torna o mercado instável.
Bier acredita que, passado o vencimento, o mercado acionário poderá retomar a tendência de alta, refletindo os resultados das taxas de inflação e de juros em baixa. As articulações para a formação do governo Fernando Henrique Cardoso estão sendo consideradas também satisfatórias.
A expectativa do mercado é de que não haja grandes oscilações nas Bolsas até o final do ano por causa da proximidade dos feriados.
O discurso de Fernando Henrique no Senado foi considerado positivo, mas o mercado acionário está "andando de lado", sem definição de tendência a curto prazo, por causa do movimento do mercado de opções, afirma Homero Amaral Junior, presidente da Ancor, que reúne as corretoras.
O Banco Central não atuou ontem no mercado cambial. Houve ligeira queda nas cotações. As cotações do dólar no paralelo ficaram estáveis.

Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, ontem, em média, 0,114%. A taxa média do over foi de 4,94% ao mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 4,97% ao mês.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 3,6664%. CDBs prefixados negociados ontem: entre 23% e 44,50% ao ano para 31 dias. CDBs pós-fixados de 151 dias: 19% ao ano mais Taxa Referencial.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,28% ao mês. Para 31 dias (capital de giro): entre 59% e 69% ao ano.

No exterior
Prime rate: 8,50% ao ano. Libor: 6,75% ao ano.

Bolsas
São Paulo: alta de 1,54%, fechando com 49.176 pontos e volume financeiro de R$ 378,57 milhões. Rio: alta de 1,3 (I-Senn), fechando com 21.108 pontos e volume financeiro de R$ 158,39 milhões.

Bolsas no exterior
Londres: o índice Financial Times fechou a 2.315,10 pontos, contra 2.306,40 pontos no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 19.163,43 pontos, contra 19.121,12 pontos.

Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,848 (compra) e R$ 0,849 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,849 (compra) e R$ 0,851 (venda). "Black": R$ 0,855 (compra) e R$ 0,865 (venda). "Black" cabo: R$ 0,852 (compra) e R$ 0,862 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,830 (compra) e R$ 0,860 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,10%, fechando a R$ 10,38 o grama na BM&F.

No exterior
Segundo a UPI, em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,5627, contra US$ 1,5613 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5710 marco alemão, contra US$ 1,5715 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,31 ienes, contra 100,26 no dia anterior. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 378,60, contra US$ 380,20 no dia anterior.

No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro foi de 53.400 pontos.
No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para dezembro fechou a R$ 0,859; para janeiro a R$ 0,881, para fevereiro a R$ 0,895 e para março a R$ 0,904.
A expectativa de juros no mercado de DI era ontem de 3,70% para dezembro, de 3,15% para janeiro e 2,99% para fevereiro.

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