São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994 |
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Importadores criticam Fiesp
NELSON BLECHER
O alvo da Abemd é a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), que protestou contra a "concorrência desleal" exercida pelos importadores, antes da decisão anunciada pelo governo de taxar as mercadorias importadas. Segundo o presidente da Abemd, Pio Borges, a cobrança de ICMS e IPI sobre esses produtos burocratiza e pode até inviabilizar as importações através de catálogo. Estimativas indicam que os volumes comercializados cresceram 50% graças à isenção de alíquota para encomendas até US$ 100 e a redução das demais alíquotas. "A indústria nacional não corre risco algum, a não ser o de melhorar seus produtos e preços", disse ontem João Cláudio Padilha, diretor da Albela, representante do catálogo francês La Redoute. "Pimenta nos olhos do outro é refresco", reagiu Mário Bernardini, diretor do departamento de Economia da Fiesp. Segundo afirma, a concorrência é "brutal", sobretudo no setor eletroeletrônico. A posição da Fiesp, opina Bernardini, não contraria interesses do consumidor. "Queremos apenas que haja tratamento igualitário entre os dois setores. O que não pode haver é contrabando legalizado." Borges, presidente da Abemd, afirmou que, para não pagar impostos antecipadamente, algumas empresas do setor de vendas diretas planejam montar entrepostos de mercadorias no Uruguai e no Paraguai. Texto Anterior: Para TST, correio não é atividade essencial Próximo Texto: Supermercados mantêm preços estáveis Índice |
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