São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Fracassa o duelo entre as torcidas
FERNANDO RODRIGUES
Não ocorreu o duelo entre as duas torcidas mais tradicionais de São Paulo. A partida foi modorrenta nas arquibancadas, com gritos de guerra antigos e pouca criatividade. "O pessoal ficou preocupado com o tamanho do estádio e a possível falta de segurança. Mas está tudo tranquilo", disse o diretor Wilson Rodrigues, 29, da torcida corintiana Gaviões da Fiel. "Foi o trabalho mais perfeito que eu vi da polícia em um jogo. Hoje (quinta-feira) tem mesmo polícia na rua", afirmou o presiente de Mancha Verde, Paulo Serdan. Enquanto os dois diretores de torcida elogiavam a segurança da partida, nas arquibancadas os torcedores repetiam velhos gritos de guerra. "Timão, ê, ô" gritavam os corintianos. "Olê, porco", respondiam os palmeirenses. Quando o Palmeiras marcou seu terceiro gol, aos 20min do segundo tempo, por intermédio de Edmundo, a atitude dos corintianos foi de resignação. E fé. A torcedora Paula Piedade Gonçalvez, 16, ajoelhou-se e começou a rezar. Também ajudou a segurança do jogo o fato de os corintianos começarem a abandonar o estádio depois de 30min do segundo tempo. Cabisbaixos, os torcedores quase não tiveram tempo de encontrar palmeirenses nas ruas. A calma da torcida também foi perceptível no minuto de silêncio em homenagem a João Atalla, morto no dia 13. O jogo foi paralizado para a homenagem. Mesmo tensos, os torcedores aplaudiram. Atalla era diretor da Federação Paulista de Futebol.(FR) Texto Anterior: Final tem terceiro pior público da história Próximo Texto: Mancha usa rádio para ter segurança Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |