São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994 |
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Itamar insiste em novo mínimo
HELCIO ZOLINI
O aumento desagrada o presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso, que já se declarou contrário à medida, argumentando que ela quebraria a Previdência. "Vou ter esta semana uma última rodada de negociações com os ministros da Fazenda, do Trabalho e da Previdência. Se sentir que não é possível chegar ao que defendo, vou reunir todas as centrais sindicais para que eles sintam onde está a dificuldade. Assim, essa dificuldade poderá ser superada através da ajuda das próprias centrais ao futuro governo", disse. Itamar disse que caso não consiga impor o mínimo de US$ 100 sairá "frustrado". "Essa é uma frustração que talvez eu possa levar quando deixar o cargo." Itamar lembrou que a "caixa-preta" da Previdência já está aberta e que tudo dependerá de examinar se ela tem condições para suportar o aumento. A idéia de Itamar foi mal recebida pelo presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paula da Silva."É vergonhoso e desestimulante que o presidente nos convide para dizer porque não pode dar US$ 100 para o salário mínimo", afirmou. Vicentinho foi a Ouro Preto para apresentar propostas dos assalariados do Mercosul aos presidentes dos quatro países membros. Vicentinho disse que o aumento do salário mínimo significaria, na atual taxa de câmbio, passar de R$ 70 para R$ 83. "Isso é menos do que os 20% que foram perdidos para a inflação dos últimos meses", concluiu. Participação O ministro da Fazenda, Ciro Gomes (Fazenda), determinou à Secretaria de Política Econômica de seu ministério parecer sobre a possibilidade de editar uma Medida Provisória que regulamentaria a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas. Texto Anterior: Veja como obter os fascículos faltantes Próximo Texto: Presidentes assinam "Protocolo de Ouro Preto" Índice |
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