São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994
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Verdade verdadeira; Bola fora; Feijão maravilha

BARBARA GANCIA

Verdade verdadeira
"Sua seção é realmente bárbara! Mas, toda vez que leio, fico pensando se as cartas publicadas são realmente verdadeiras ou se você passa horas matutando para inventá-las. Então, o que acontece realmente?"
Fernando Shimada, S.P.

–Shi-shi, meu chuchu,
De uma vez por todas: esta coluna só publica cartas enviadas por leitores com nome, endereço, RG e telefone, se houver. É óbvio que, quando cruzo pessoas conhecidas, costumo pedir que enviem perguntas à coluna. A carta abaixo, assinada por Juca Chaves, é um exemplo.

Bola fora
"Tenho três bolas e adoro apostar. Outro dia, cheguei em um sujeito e disse: 'Quer apostar como nós dois juntos temos cinco bolas?' Não é que ele me respondeu: 'Por quê? Você tem quatro?' Como você vê, não tenho sorte. O que fazer?"
Juca Chaves, S.P.

–Querido Menestrel,
Elimine a bola sete e a bola nove e tente nova tacada.

Feijão maravilha
"Sou uma executiva de alto nível e meu cargo exige que eu almoce fora com frequência. Só que enfrento um pequeno problema: sou tarada por feijão e, para meu desprazer, os excelentes restaurantes que frequento não servem esta iguaria brasileira. O que faço? Passo a comer feijão enlatado?"
"Brasileirinha", S.P.

–Aquarela do Brasil,
Tudo tem sua hora e lugar. Sou tarada por cachorros mas, nem por isso, trago meus vira-latas à redação da Folha. Conheço muitos restaurantes de nível que servem feijão. Quem sabe alguns não optem por excluí-lo do cardápio de almoços executivos por zelar pela integridade física da clientela? Já imaginou enfrentar uma tarde de reuniões depois de comer um prataço de feijão? Vixe! Entupa-se do acepipe no fim-de-semana e não se fala mais nisso.

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