São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994 |
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Amor e ruína segundo Welles
INÁCIO ARAUJO "Soberba" era para ser a descrição de uma cidade americana no fim do século passado, a partir de seus tipos e preconceitos. A RKO, produtora, transformou-o na história do amor entre Joseph Cotten e Dolores Costello (uma Amberson). O amor é frustrado em dois tempos: na juventude e na maturidade. No segundo tempo é que entra em cena o jovem Amberson, impedindo a mãe de reencontrar seu amor e, afinal, de reencontrar-se consigo mesma. O interessante é que, apenas a partir dessa intriga amorosa infere-se o que Welles queria mostrar sobre a cidade, o preconceito, o efêmero da grandeza, o vazio da soberba. Uma obra-prima mutilada. Ainda assim, obra-prima e meia.(IA)SOBERBA (The Magnificent Ambersons). EUA, 1942, 88 min. Direção: Orson Welles. Com Joseph Cotten, Dolores Costello, Tim Holt. P&B. Legendado. Na Cultura. Texto Anterior: Música que Jarre fez para Lean; Inglaterra e França brigam no Discovery; Telecine exibe "Jennifer 8"; Ayrton Senna no SporTV; Whitney canta seus sucessos; Schwarzenegger fica grávido; O infame Natal de Mr. Bean Próximo Texto: Hollywood nua e crua Índice |
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