São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994 |
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Tom Jobim foi maior que TV
SÉRGIO DÁVILA
É de uma lógica perversa. Há poucos dias, Tom lançava um disco, o primeiro em sete anos. A repercussão foi pífia na TV. No dia 8, ele virou notícia. Globo, Bandeirantes, Cultura e Manchete se destacaram na cobertura fúnebre, que ganhou versão estranhamente lacônica na programação do SBT. A Globo apresentou um bombardeio de boas imagens e informações. Saldo: dois "JN", um "Globo Repórter", um especial e até uma vinheta com a música "Garota de Ipanema". A Bandeirantes surpreendeu no jornal principal e num bem-vindo especial. A Cultura foi atrás com reprises de show no Ibirapuera e "Roda Viva". Na cobertura toda, porém, a melancolia de apresentadores e equipes denunciou uma ingenuidade: esperava-se uma comoção à Senna. Faltou o povo. Tom Jobim não era herói popular e não morreu jovem, na TV. Mas sua obra é maior. E fica. Texto Anterior: Globo quer construir sede única em SP Próximo Texto: 3; 3; 1 Índice |
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