São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 1994
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Ofensiva atinge setor de refrigerantes

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois que a Pepsi-Cola anunciou que investirá US$ 100 milhões para promover a marca em 1995, a ofensiva no mercado de refrigerantes se espalha por outros sabores.
A Brahma investiu US$ 7 milhões para dar ao consumidor um novo gosto para o seu guaraná, submetido a testes no mercado de Belo Horizonte.
Já a rival Antarctica radicalizou, sua campanha dirigida à faixa jovem.
"Sede é soda", diz o mote da campanha atualmente veiculada para a marca, que lidera o segmento "limão". As vendas nessa categoria representam 8,6% do total de refrigerantes consumidos no país.
Até julho passado, de acordo com a Nielsen, a marca detinha 32,5% do segmento de "limão", a Sprite, 29% e o Limão Brahma, 13%.
Para criar os anúncios e filmes, a agência W/Brasil valeu-se de uma robusta verba de US$ 5 milhões, a ser consumida até o primeiro trimestre de 1995.
A campanha está sendo veiculada em TV, cinema, revistas, jornais, outdoors e rádios –a maioria em cadeia nacional.
A equipe que participou da produção dos dois comerciais inclui 58 pessoas. Somam-se mais 26 contratados para o "casting" (atores e participantes especiais).
A campanha é baseada em dois esportes radicais, o "mountain bike" e o skate –praticados pelo público alvo de adolescentes.
Em dois filmes de um minuto e versões de 30 e 15 segundos, corridas de bicicletas, evoluções com o skate, tombos na lama, raladas e escorregões, entre outras acrobacias, são misturadas às cenas de animais e garotas bebendo o refrigerante.
Cenas em cores alternam-se com cenas em preto e branco –filmadas com câmeras de 35, 16 e oito milímetros. Um computador dá o toque de modernidade.
"Sede é Soda" vira "Skate é Soda" e "Bike é Soda" –a semelhança fonética é propositalmente provocativa.

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