São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 1994 |
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Palmeirenses ocupam lugar de corintianos no Pacaembu
FERNANDO RODRIGUES Palmeirenses ocupam lugar de corintianos no estádioPúblico de 35.217 pagantes foi ainda menor do que o do primeiro jogo A torcida do Palmeiras compareceu ontem em maior número ao Pacaembu. Os palmeirenses ocuparam totalmente os 19.700 lugares reservados para eles na arquibancada. Dos seus 18.300 lugares, os corintianos ocuparam apenas cerca de 10 mil, segundo a PM. Meia hora antes do início da partida, a Polícia Militar foi obrigada a abrir uma área de 2.850 lugares da arquibancada para os palmeirenses. O local estava reservado para os corintianos. O público pagante foi de 35.217 pessoas. Ficaram encalhados 8.594 ingressos –19,6% do total de 43.811 colocados à venda. O comparecimento de ontem foi ainda menor do que o de quinta-feira (35.402) e o terceiro pior de uma final do Campeonato Brasileiro, desde quando a competição começou, em 1971. Do lado do Palmeiras, tudo era festa. Os torcedores não se cansavam de repetir a provocação clássica contra o Corinthians: "Ela, ela, ela, silêncio na favela." O número menor de torcedores corintianos resultava em pouca força nos gritos de guerra. Os palmeirenses, mesmo perdendo já por 1 a 0, faziam brincadeira. "Mais alto, mais alto", quando os corintianos gritavam alguma coisa. Nessa disputa de gritos de guerra houve de tudo, mas com pouca novidade. Os batidos "al, al, al Edmundo é um animal" do Palmeiras contra o "el, el, el, ninguém segura a fiel". A tirada mais engraçada foi no primeiro tempo, com os palmeirenses atazanando a vida do goleiro do Corinthians, Ronaldo. Além das provocações clássicas, com gritos de "frangueiro, frangueiro", os palmeirenses ofenderam com palavrões a noiva do corintiano, Andréa, com quem Ronaldo se casa dia 22. A Polícia Militar registrou 15 ocorrências antes e durante o jogo. Foram 11 por "conduta inconveniente"; três por porte de bombinhas caseiras e uma por agressão. Parte da av. Paulista foi fechada para o trânsito logo após o jogo, para receber as comemorações da vitória. Às 21h, segundo a PM, cerca de 2.000 torcedores festejavam a conquista do Palmeiras. Jogadores, comissão técnica e dirigentes do Palmeiras comemorariam o título de ontem na boate Limelight (rua Franz Schubert, 93). A festa estava marcada para começar às 23h. Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: Imagens de 94 misturam festa e violência Próximo Texto: Preto-de-luto seria melhor do que azul Índice |
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