São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 1994 |
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Três gerações de artistas estarão na mostra
DANIELA ROCHA
A instalação "CC5 Hendrix War", da série Cosmococa, de Hélio Oiticica, será montada na galeria Marian Goodman. Mira Schendel terá 72 desenhos expostos no The Drawing Center. A galeria Lelong mostrará instalações de Waltercio Caldas e Cildo Meireles. A LedisFlam exibirá maquetes ("Mapping the Shadows") de Regina da Silveira e a galeria Robert Miller apresentará esculturas de José Resende. Quatro instalações serão criadas para "Art from Brazil in New York". Tunga criará a quinta versão de "Palindrome Incest" e mostrará as performances "Sero te Amavi" e "Viperine Vanguard", na galeria Marc Pottier e The Contemporary. Nuno Ramos montará instalação inédita na galeria Brooke Alexander e Sandra Tucci, na galeria Nicole Klagsbrun. A instalação de Valeska Soares ficará exposta 24 horas por dia na vitrine do New Museum of Contemporary Art. A pintura será representada com duas exibições: Daniel Senise, na galeria Charles Cowles, e Adriana Varejão, na Annina Nosei. O Drawing Center estenderá a exposição até março, com mostra de desenhos de Fernanda Gomes, Leonilson, Ester Grinspum e Ernesto Neto, intitulada "Selections Brazil". "O objetivo de trazer trabalhos desses artistas brasileiros para Nova York é poder apresentá-los ao público daqui, que não pode deixar de conhecer obras tão importantes", afirmou Mary Sabbatino, uma das organizadoras do evento. O objetivo é divulgar arte brasileira ao público americano, mas, segundo os organizadores, a maior parte das obras estará à venda. "Algumas instalações provavelmente não serão vendidas, mas a intenção é atrair compradores", afirmou Lori Ledis, sócia-proprietária da galeria LedisFlam e outra das organizadoras. "Essa mostra deve atrair um público formador de opinião, como professores e empresários, o que cumpre nossa intenção de quebrar o estereótipo de que no Brasil só tem arte popular", afirmou Fausto Godoy, chefe do setor cultural da embaixada do Brasil em Washington, que apoiou o projeto. O marco de abertura de todas as exibições acontecerá no dia 12 de janeiro, com uma festa de "open house" (casa aberta) feita simultaneamente em todas as galerias que participam de "Art from Brazil in New York". Contatos Para reunir trabalhos de 16 artistas brasileiros a serem exibidos simultaneamente, as galerias de Nova York, através da embaixada brasileira, entraram em contato com as galerias no Brasil. "Percebi que esta seria a única maneira de viabilizar um projeto tão ambicioso", disse Fausto Godoy, da embaixada do Brasil em Washington. "Ficamos impressionados com a receptividade da idéia por parte tanto dos galeristas de Nova York como do Brasil", afirmou Lori Ledis, da galeria LedisFlam. Para viabilizar o projeto, os marchands que representam os artistas no Brasil arcarão com os custos do transporte das obras no Brasil. Nos Estados Unidos, a embaixada contou com o apoio do Baci (Brazilian-American Cultural Institute Advisory Board), que montou um conselho assessor formado por Vasp, Embratur, Banco do Brasil, Varig, Petrobrás, Odebrecht e Transbrasil, para patrocinar o projeto. Os catálogos e o seguro das obras ficaram por conta da embaixada do Brasil em Washington. "As galerias de Nova York entraram com o espaço e o prestígio", afirmou Godoy, que não soube informar o custo da mostra. Texto Anterior: Bugsy é o gângster que diverte Próximo Texto: Marchands vieram a SP Índice |
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