São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 1994
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Tchetchênia condiciona diálogo; tropa russa avança contra Grozni

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O líder tchetcheno Djokhar Dudaiev enviou telegrama ontem a Boris Ieltsin impondo condições para negociar a crise da república autônoma, que se declarou independência da Rússia em 1991.
Ontem, os combates chegaram à periferia de Grozni (capital), depois de encerrado o prazo de meia-noite de sábado (18h de anteontem em Brasília) dado pela Rússia para que os tchetchenos se desarmassem.
Apesar de o ultimato ter sido ignorado, as tropas russas deslocadas para o região do Cáucaso não cumpriram a promessa de bombardear Grozni.
Dudaiev disse que aceita se encontrar com um representante russo apenas em Grozni. Ele afirmou que não vai à cidade russa de Mozdok, perto da fronteira com a Tchetchênia, onde estão dois emissários do Kremlin.
Sobre a questão da separação, Dudaiev afirmou: O status da república pode ser discutido somente com o presidente (Ieltsin) ou com o premiê (Viktor Tchernomirdin).
Os dois afirmaram anteriormente que só começam as negociações quando Dudaiev depuser as armas.
A primeira tentativa de negociações na semana passada fracassou por causa da recusa tchetchena em discutir a independência.
Segundo autoridades russas, 14 mil tchetchenos já deixaram a capital da república separatista, de economia baseada no refino do petróleo cuja maioria da população é muçulmana.
A maioria foi para os vizinhos Daguestão e Inguchétia. Soldados russos são acusados de abrir fogo contra comboio de dez carros e matar nove refugiados na fronteira entre Tchetchênia e Inguchétia.

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