São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 1994
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Collor diz que lamenta morte de Pedro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No início da tarde de ontem, o ex-presidente Fernando Collor de Mello divulgou um curto bilhete à imprensa onde diz que rezou e sofreu com a morte de seu irmão mais novo Pedro Collor.
"Lamento profundamente mais esta tragédia que se abateu sobre minha família. Acompanhei o padecimento de meu irmão. Rezei por ele. Sofri com ele. Deus, em sua infinita bondade, lhe conceda luz e paz", diz o ex-presidente no bilhete divulgado.
Collor não deverá comparecer ao enterro do irmão, segundo informaram seus amigos. Ontem, o ex-presidente não deicou a Casa da Dinda. Ao contrário dos dias anteriores, ficou por pouco tempo no escritório e até as 18h não havia recebido visitas.
Amigos próximos do ex-presidente disseram à Folha que ele havia decidido visitar o irmão Pedro, internado em Nova York, e a mãe, Leda, em coma há dois anos e dois meses em São Paulo, na próxima quarta-feira.
A viagem já estava marcada e seria feita no jatinho particular de um amigo de Collor. A mulher, Rosane, não acompanharia o marido nas visitas à família.
O casal também cancelou a viagem que faria a Aspen, uma estação de esqui no Estado norte-americano do Colorado.
A ida do ex-presidente aos Estados Unidos estava prevista para quinta-feira a noite. Collor iria viajar com os seus dois filhos, Arnon Affonso e Joaquim Pedro, para passar o Natal e o Ano Novo na estação de esqui norte-americana.
A família e os funcionários das empresas da família Collor só souberam das declarações do ex-presidente sobre a morte de seu irmão por meio das agências de notícias. Ele não telefonou aos parentes próximos a Pedro.
Além do ex-presidente, o enterro do caçula da família Collor não contará com a presença da irmã mais velha, Leda Mello Coimbra, 52.
Ontem, através de uma nota, ela anunciou que, por recomendação médica, não poderá comparecer à cerimônia fúnebre.
Leda se recupera de uma pneumonia que atacou seu pulmão direito. Na nota, assinada também pelo marido e embaixador Marcos Coimbra, ela diz "que sente profundamente a perda de seu irmão" e que deseja "manter viva a lembrança de fortes vínculos que os uniram durante a maior parte de sua vida".
Leda recebeu alta hospitalar no último dia 12, após ficar internada durante uma semana no Prontocor de Belo Horizonte.

Colaborou a Agência Folha, em Maceió e em Belo Horizonte

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