São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 1994
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Greve acumula cargas em Cumbica

DA REPORTAGEM LOCAL

Os terminais de cargas dos aeroportos do Estado de São Paulo, Brasília e Goiânia foram os mais afetados pela greve por tempo indeterminado dos aeroportuários que começou ontem às 8h.
Cerca de 70% dos empregados dos terminais cruzaram os braços. De acordo com a assessoria dos aeroportos, nos outros setores, apenas 10% dos funcionários aderiram ao movimento.
Os aeroportuários reivindicam pagamento de R$ 1.070,00 por funcionário, valor referente ao não reajuste do tíquete refeição após o Plano Real, regulamentação do acordo funeral e licença prêmio e retorno da assistência médica para os dependentes indicados.
É a segunda greve convocada pelos aeroportuários em um mês. Na anterior, entre 14 e 22 de novembro, os grevistas entraram em conflito com policiais da Aeronáutica no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo).
A greve anterior provocou também acúmulo de cargas nos terminais. Hoje, só no aeroporto de Guarulhos, estão acumuladas cerca de oito toneladas em cargas.
Em Porto Alegre, os funcionários pararam por uma hora pela manhã e pelo mesmo tempo no final da tarde em solidariedade ao movimento, o que não interferiu na rotina do aeroporto.
Segundo o chefe da assessoria de relações empresariais da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), Norberto de Castro Brum, 59, no Rio de Janeiro e outros Estados a greve não teve adesões. Brum acredita que os funcionários foram desestimulados por um informe da empresa que circulou explicando que pelo artigo 13º da Lei de Greve a empresa pode e vai descontar os dias parados.
Os aeroportuários são responsáveis pelo acesso às salas de embarque, fiscalização nas pistas e operação dos monitores e quadros indicadores de vôos.

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