São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994
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Para economista, sucessão de Maluf explica debate Suplicy-Mercadante

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

O economista José Márcio Camargo (PUC-RJ) acha que as críticas do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e outros economistas do PT a Aloizio Mercadante têm como pano de fundo "a luta pela prefeitura paulistana" em 1996.
Mercadante é um dos nomes mais cotados no PT para disputar a sucessão do prefeito Paulo Maluf.
Os críticos internos da campanha petista consideram que a assessoria econômica de Mercadante errou na avaliação do Plano Real durante a campanha eleitoral, o que teria sido preponderante na derrota de Lula para FHC.
Camargo participou da elaboração do programa econômico de Lula e disse que durante a campanha "houve algumas divergências (entre grupos de economistas do PT) , mas as mais sérias eram sobre o que fazer se o PT ganhasse", disse.
O economista diz que durante a campanha "todo mundo" previa a queda da inflação. "O problema era como enfrentar a sobreavaliação cambial no caso de ganhar", disse. Segundo Camargo, é o problema que a equipe econômica de FHC está enfrentando agora.
Edward Amadeo, companheiro de Camargo na PUC e na elaboração do programa de Lula, disse que está sendo feita uma "tempestade em copo d'água". Para ele, "nem o Mercadante nem a Conceição menosprezaram" o Real.

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