São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994 |
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Muricy tem a chance de conquistar o seu 1º título
MARCELO DAMATO
Tornou-se assistente de Telê Santana pela afinidade de idéias sobre futebol e pelo desempenho no comando da equipe de juniores na Copa São Paulo deste ano e do time principal no início do Paulista –Telê prolongou suas férias. Até o início de 1993, era apenas técnico do mirim do São Paulo (crianças de 11 e 12 anos). Na Copa São Paulo do mesmo ano, observou os futuros adversários e contava o que via para o técnico Márcio Araújo. Em abril, foi dirigir os juniores no torneio de Croix, na França –Araújo ficou para comandar os aspirantes do clube. Voltou campeão. Dias depois, Araújo saiu do clube e ele assumiu. Na Copa São Paulo deste ano, perdeu o título nos pênaltis para o Guarani, após seu time ter feito a melhor campanha. Abaixo, trechos da entrevista à Folha concedida anteontem à noite por Muricy.(Marcelo Damato) Folha - O São Paulo pode perder por quatro gols de diferença contra o Peñarol. Esta é a final dos sonhos? Muricy - É uma boa vantagem. Mas temos que jogar sério para evitar surpresas. Folha - O que significaria esse título para você? Muricy - Seria muito importante. Seria meu primeiro título profissional. Além disso, muita gente não acreditava na gente. Folha - E para o São Paulo? Muricy - Primeiro é um título inédito para o clube. Depois, é a consagração do "Expressinho". Folha - Como você orienta os jogadores? Muricy - Desde o começo, disse a eles que esta era a chance de aparecerem, se valorizarem. Eles entenderam. Folha - O Telê fez elogios para a equipe? Muricy -Sim e isso é importante para os jogadores porque o Telê não é de elogiar à toa. Disse que eles têm condições de brigar por um lugar no time. Dois, aliás, chegaram lá (Pavão e o Juninho). Folha - Qual é o segredo do "Expressinho"? Muricy - É o prazer de jogar. Insisto muito nisso. Estabeleci uma linha no campo a partir da qual eles têm o direito de arriscar. Isso só faz o futebol deles crescer. Folha - Você destacaria alguém? Muricy - Prefiro falar dos mais novos, como Bordon, que tem apenas 18 anos, e Denílson. Catê está voltando a sua melhor forma e pode estourar no próximo ano. Texto Anterior: Copa européia inspira torneio Próximo Texto: Cesp e Ponte fazem 5ª decisão da temporada Índice |
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