São Paulo, quinta-feira, 22 de dezembro de 1994 |
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Filhos só foram avisados ontem
ARI CIPOLA; FABIO GUIBU
A tarefa coube a Benedita Alvim de Mello, prima de Arnon de Mello (pai de Pedro Collor), considerada pelo empresário uma espécie de segunda mãe. Os meninos, que já haviam sido preparados para a notícia desde o fim-de-semana passado, choraram. "Estou muito triste", disse Fernando. Os garotos chegaram ao aeroporto às 11h30 (12h30 em São Paulo), 43 minutos antes da chegada do avião que trouxe o corpo do pai no andar da Lug Táxi Aéreo, empresa do usineiro João Lyra, pai de Therza Collor. Fernando e Vítor receberam a mãe com um abraço. Eles fizeram questão de acompanhar o cortejo até o jornal "A Gazeta de Alagoas", um dos locais onde o corpo voi velado. "É uma tragédia grega", disse Ana Luiza. A irmã do empresário Pedro Collor de Mello afirmou ontem à Agência Folha que a morte de seu irmão é mais um episódio da tragédia que atingiu sua família. "É uma tragédia grega, um conto kafkiano, nossa mãe no hospital, e o Pedro morto em 32 dias". Ana Luiza foi a única entre os irmãos de Pedro que o apoiou durante todo o processo de denúncias contra o ex-presidente Collor.. Ela reclamou da ausência de Collor, Leopoldo e Ledinha, seus irmãos, no velório. "Enquanto Thereza é confortada pela família Lyra, a minha está ausente". "Não entendo a ausência deles. Não tenho chumbo na veia, tenho sangue. Não sou eu que estou aqui, é meu coração", afirmou. Ana Luíza fez as declarações antes da chegada de Leopoldo - pouco antes do final do velório. "Com o Leopoldo aqui fico mais confortável". (AC e FG) Texto Anterior: 'Pedro foi embora sem rancor', diz viúva Próximo Texto: Ministro quer estimular pesquisa industrial Índice |
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