São Paulo, quinta-feira, 22 de dezembro de 1994 |
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Ônibus clandestino faz viagens para o Nordeste
DIANA ALTERATS
Os "arrastadores", como são chamados pela polícia, atuam próximos aos guichês das empresas de viagem, no Terminal Rodoviário do Tietê (zona norte de SP). As passagens para o Nordeste, no Tietê, estão esgotadas até janeiro. Segundo a polícia, os "arrastadores" oferecem a passagem no ônibus clandestino –mais cara que no regular– quando a pessoa sai do guichê. Uma viagem para Maceió custa R$ 57,00 na Viação Nacional. Os "arrastadores" cobram R$ 80,00. José Alfredo da Silva mandou os filhos para o enterro da avó, em Maceió, num ônibus clandestino de uma empresa chamada Viação Auri Tupi, fretado pela firma Agreste Transporte e Turismo. "Foi a única solução que encontrei, já que tenho urgência em mandar meus filhos para Maceió." Ele pagou R$ 80,00 por passagem, que na Viação Itapemirim sairia por R$ 71,00. Seus filhos embarcaram no ônibus clandestino ontem, em frente ao Terminal Tietê. Segundo o delegado Pascoal Ditura, os "arrastadores" não podem atuar dentro do Tietê e o que eles fazem é ilegal. A Agreste Turismo não está cadastrada no DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem). Um funcionário, que não quis se identificar, disse que a empresa presta um serviço à população. Procurados, os responsáveis não atenderam os telefonemas. Segundo o DNER, apenas as empresas cadastradas no órgão podem transportar passageiros. Não é o caso da Agreste e da Recanto Turismo. As duas firmas também não estão registradas no Sindicato das Agências de Turismo. Texto Anterior: Acusados de crime depõem em S. Bernardo Próximo Texto: Movimento começa sexta Índice |
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